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Transição de carreira depois dos 35: é possível?

Profissional com mais de 35 anos em momento de transição de carreira, planejando novos caminhos.
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Mais de 40% dos profissionais pretendem fazer uma transição de carreira em 2025. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Catho, que aponta ainda que o maior desejo é dos profissionais entre 26 e 35 anos.  

Buscar crescimento, valorização, mais qualidade de vida ou mesmo estar alinhado aos próprios valores e propósito são os principais motivos que levam as pessoas a migrar de carreira. Mas será que essa transição é possível depois dos 35 anos?

Dessa forma, acompanhe neste artigo a resposta para essa pergunta e descubra quais são os principais caminhos para uma transição de carreira bem-sucedida. Boa leitura!

O que é transição de carreira e por que ela pode ser uma oportunidade depois dos 35?

A transição de carreira é o movimento de sair de uma determinada área, função, empresa ou país para trilhar um novo caminho – que pode ser até um novo modelo de trabalho, como o empreendedorismo, por exemplo.

Com a idade média do trabalhador brasileiro se aproximando dos 40 anos, segundo dados do IBGE, a ideia de que “já passou da hora” para mudar de carreira está ultrapassada. 

Pelo contrário: aos 35 anos, por exemplo, muitos profissionais têm mais clareza, bagagem e autonomia para fazer escolhas mais alinhadas com seus objetivos de vida. Ou seja, tarde é amanhã, hoje ainda dá tempo.

Não existe idade certa ou mais apropriada para fazer a sua transição de carreira. Mas, independentemente da idade, esse desejo costuma vir acompanhado de alguns fatores:

  • Busca por propósito: o trabalho atual já não traz mais realização e há interesse em crescer na carreira.

     

  • Sinais de esgotamento: o ritmo da rotina cobra um preço, trazendo sinais como burnout e outros problemas de saúde mental.

     

  • Mudanças de vida: como a chegada de filhos, mudança de cidade ou prioridades pessoais.

     

  • Curiosidade e inquietação: vontade de explorar talentos esquecidos ou paixões antigas.

  • Falta de perspectiva: muito tempo estagnado(a), sem perspectiva de conquistar uma promoção ou mesmo revisão salarial.

Se você se identificou, saiba que você não está sozinho e certamente não está “atrasado”. 

Então, como começar uma transição de carreira depois dos 35 anos?

Como vimos, é totalmente possível fazer uma transição de carreira depois dos 35 anos, e muitos artigos e experiências reais comprovam isso. A idade, na verdade, pode ser uma vantagem, pois o profissional acumula experiência, maturidade e uma rede de contatos mais consolidada.

No entanto, é importante reconhecer que essa transição pode apresentar desafios específicos, mas que podem ser superados com planejamento, estratégia e até acompanhamento profissional.

Confira algumas dicas:

1. Invista em autoconhecimento

Antes de qualquer movimento, é essencial fazer uma análise aprofundada e entender o que realmente te motiva. Quais são seus valores, interesses, talentos e o que você não deseja repetir na nova fase? 

Essa clareza evita trocas impulsivas e ajuda a tomar decisões mais estratégicas. Ferramentas como testes de perfil, mentorias ou conversas com profissionais experientes podem ser grandes aliadas nessa etapa. Em resumo, é bom ter clareza de qual é o seu objetivo, mesmo que ele seja testar uma determinada hipótese.

2. Pesquise o mercado e defina sua trilha de aprendizagem

Identifique áreas em crescimento, tendências de mercado e tipos de atuação que se conectam com seu objetivo, interesses e habilidades. Avalie fatores como:

  • Nível de concorrência

     

  • Possibilidades de crescimento, inclusive salarial

     

  • Modelos de trabalho (presencial, remoto, autônomo)

     

A partir disso, identifique o que ainda precisa aprender e como se capacitar para abraçar esse novo desafio. Estabeleça uma trilha de qualificação: cursos, certificações, mentorias ou até uma nova graduação. 

Lembre-se: aprender nunca foi tão acessível e segue sendo bastante necessário.

3. Planeje a parte financeira da transição

Uma das maiores barreiras para mudar de carreira é a insegurança financeira. Portanto, talvez seja necessário criar uma reserva financeira ou planejar uma transição gradual, a fim de garantir a estabilidade durante o processo.

Algumas práticas que podem facilitar essa etapa:

  • Organize suas finanças pessoais: talvez não seja a hora de compromissos financeiros a longo prazo, como o financiamento de um carro, por exemplo. Liste suas despesas diárias (o Tiago tem uma planilha nota 10 para isso – e, se você escrever pra ele, ele te manda!) e avalie cortes de gastos supérfluos.

     

  • Crie uma reserva de emergência: preferencialmente de 6 meses ou mais, a depender do tempo que você planeja para essa reestruturação.

     

  • Considere uma transição gradual: dessa forma, você pode manter o emprego atual enquanto se prepara, através de mentorias, estudando o que precisa ser estudado e se conectando com pessoas-chave.

  • Conheça seu futuro mercado: conheça as pessoas-chave da indústria, participe dos eventos, leia as publicações especializadas, pesquise sobre salários, possibilidades de crescimento e formatos de trabalho da área pretendida, para não ser pego de surpresa.

     

4. Faça networking e posicione sua marca pessoal

Retomar e expandir sua rede de contatos é essencial nessa etapa. Nesse sentido, converse com profissionais da área desejada, peça conselhos, entenda os desafios e as oportunidades. O Linkedin é ótimo pra isso! Se possível, participe de eventos da área que você pretende ingressar. 

O networking pode abrir portas e te proporcionar insights valiosos. No entanto, além do relacionamento, é importante cuidar da sua marca pessoal. Ativar seu perfil no LinkedIn, otimizando e atualizando informações e produzindo conteúdo relevante é uma atitude primordial.

 

O que são habilidades transferíveis e como aproveitá-las na transição de carreira?

Já ouviu falar de habilidades transferíveis? Diferentemente daquelas específicas para um cargo, esse tipo de habilidade pode ser utilizada em qualquer função que você desempenhe. Portanto, são essenciais para uma transição de carreira.

Para ilustrar, dá uma olhada em algumas habilidades transferíveis e soft skills que podem ser úteis nesta fase:

  • comunicação

  • liderança

  • organização

  • empatia

  • gestão de tempo

  • resolução de problemas 

  • inovação

Todas essas habilidades fazem parte da sua bagagem e podem ser um diferencial na migração para uma nova área profissional. Por isso, tenha em mente: você não começa do zero.

Nesse sentido, os recrutadores estão cada vez mais atentos a isso, especialmente em profissionais com mais maturidade. Além disso, sua rede de contatos pode abrir portas, oferecer oportunidades e trazer insights valiosos sobre a nova área.

Conclusão: transição de carreira depois dos 35 é possível e cada vez mais comum

É importante ter em mente que fazer uma transição de carreira traz desafios, como conciliar estudos com a rotina familiar, enfrentar a competitividade do mercado ou lidar com o medo do desconhecido.

No entanto, profissionais com mais bagagem têm muitos diferenciais para o mercado de trabalho: soft skills e experiência – elementos valiosíssimos para empresas e negócios que querem equipes maduras e mais estratégicas.

Com autoconhecimento, planejamento financeiro, qualificação e uma boa rede de apoio, a transição de carreira depois dos 35 deixa de ser um salto no escuro e se transforma em uma jornada bem construída.

Quer mudar de área, mas não sabe por onde começar? A mentoria de transição de carreira ajuda você a estruturar seu plano, desenvolver novas habilidades e se posicionar para conquistar a vaga desejada.

 

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